| Fernando Vivas | A Tarde |  |
| | Proposta: unir forças para eliminar mosquito |
Valmar Hupsel
Samuel, Estéfane, Maqueli... 25 pessoas morreram de dengue este ano na Bahia. E de quem é a responsabilidade? Do cidadão comum ao governo federal, cada ente da sociedade tem sua parcela de culpa pelas 25 mortes e os mais de 21 mil casos de dengue confirmados pela Secretaria de Saúde (Sesab) somente nos 67 primeiros dias deste ano.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, referentes às primeiras seis semanas de 2009, a Bahia liderava a lista dos estados com maior número de casos. Sozinha, representava 82% dos registros no Nordeste e 20% dos casos no Brasil.
O que aconteceu, então, para o crescimento dos registros de dengue, já que se tem razoável quantidade de informações sobre as formas de se evitar o problema? “A dengue é um combate diário, que deve ser feito por todos”, comenta a epidemiologista e pesquisadora em dengue Glória Teixeira, diretora do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
O trabalho de prevenção responsabiliza cada cidadão. O governo federal tem por obrigação manter a população devidamente orientada a tomar os cuidados, por meio de campanhas educativas, elaboração de cartazes, faixas, etc. Além disso, tem o dever de garantir o envio de verbas para os municípios fazerem sua obrigação.
O trabalho de prevenção nas vias públicas, e até no interior das casas, é de responsabilidade do poder público municipal. É a prefeitura a responsável pela realização de pelos menos seis ciclos de visitação dos agentes de combate a endemias. Eles têm o dever de visitar todas as residências, ruas, terrenos baldios e todo e qualquer local que pode ser foco do mosquito transmissor a cada 60 dias.
A Secretaria de Saúde da Bahia divulgou em uma edição extraordinária de seu informativo que somente em 2009 foram notificados cerca de 16 mil casos, “indicativo de que alguma esfera responsável deixou de cumprir sua parte”, diz o texto.
| Texto: Fonte: A Tarde / Postado em 22/03/2009 ás 08:38 |
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