segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O XVI Congresso Brasileiro de Infectologia realizado em Maceió.

O Dr. Carlos Henrique Castro, infectologista, esteve presente tratando de Dengue.

O XVI Congresso Brasileiro de Infectologia realizado em Maceió – de 18 a 21 de outubro – bateu alguns recordes na história deste que é o principal evento científico da SBI: foram cerca de 2.000 participantes, sendo que o número de congressistas presentes foi de aproximadamente 1.750. Os palestrantes responsáveis pelas seções científicas ultrapassaram os 200, reunindo convidados de quase todos os Estados brasileiros. Esta edição do congresso teve ainda um número recorde de trabalhos científicos inscritos, com um total de 1.300 resumos submetidos à avaliação. A solenidade de abertura, ocorrida no auditório principal do Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, com cerca de 1.000 participantes. O tom político ficou por conta do discurso do presidente da SBI, que questionou a capacidade do sistema de saúde brasileiro para dar resposta rápida e decisiva aos problemas atuais da área no país. “Vivemos nesses últimos anos muitos sobressaltos e nos perguntamos se isto seria prevenível ou inevitável. Doenças não valorizadas e preveníveis ocorreram e ocorrem de forma quase desordenada.” Furtado questionou: “Como enfrentar de forma objetiva e certeira a dengue, a malária, a ‘velha senhora’ tuberculose, as leishmanioses, o mal de Hansen, as diarréias infecciosas que tanto matam no Brasil, as infecções em serviços de saúde, a sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis, as hepatites virais, a Aids, a influenza e outras tantas doenças negligenciadas, isso para ficar restrito ao campo das doenças infecciosas”. Em busca de respostas, lançou o desafio quanto ao papel da SBI e dos infectologistas, conclamando pela união dos associados: “Nossa responsabilidade é tão grande quanto a dos governos e somos o fiel da balança, os defensores e críticos vorazes das políticas públicas e não podemos nos afastar dos nossos destinos e de nossa missão”. A presidente do Congresso, Raquel Guimarães, destacou os esforços para a consecução do evento: “Coube à Comissão Organizadora o trabalho árduo de discutir os inúmeros desafios, de se debruçar sobre a inovação de processos, procurando dentro de uma visão empreendedora, criar soluções, descobrir os caminhos e construir nossa própria trajetória”. “Nosso objetivo foi estabelecer canais capazes de ampliar os progressos nas áreas de pesquisa, os estudos clínicos voltados para o desenvolvimento de novos produtos, a inovação tecnológica dos métodos diagnósticos, o que pode motivar as pessoas a exercerem a inter e a multidisciplinaridade, despertando um novo olhar dentro da corporação médica e científica”, declarou Raquel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário